sábado, 22 de janeiro de 2011

Que teus olhos desnudos sejam atendidos


Embriagados das noites frias e silenciosas os olhos na imensidão derradeira apresentavam o mundo despido e a vida era mostrada sem ensaio...valia o sorriso ou o vazio...
Quietude no ressentimento que leva o corpo a pequenez do ser... perdido em si, desprovido da elegância tímida de viver, ali no meio da multidão os braços se despiam das incertezas de cada um, e a canção era anônima por que a música não alcançava os ouvidos insanos, era a despedida mansa...o abandono
Mas os olhos desnudos empoeirados de história mesmo cansados da cortina dos sentidos...sorriu, timidamente...
As manhãs brindavam os dias e a multidão sem perceber os olhos, era órfão da beleza da vontade calejada de sonhos e os pés que a terra comia eram de todos.
Nascia dentro de tudo a vontade do barulho da eternidade vigorosa de querer ver...

Eloy
16/12/2010
03:36

Um comentário:

Kely Cristina S. Felício disse...

Muito bom esse teu texto, forte, sinstésico e, ao mesmo tempo ,terno. Faz mesclar corpo, tempo, espaço...Gostei.