segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tristeza do silêncio interrompido

A manhã fria desse dia em que você não existia,
As folhas das arvores da rua em que eu sempre passava,
Dançaram levemente para o chão,
Lembrei de ti...
Da pequena marionete do filme e da musica suave
Que tomava de meu ouvido ao corpo.
Nessa lembrança vi a vida...
Sinto sua pequenina voz que nasciam palavras fortes e verdadeiras,
Ali você me ganhou...
Meus olhos pintaram você todinha...
Em casa os livros eram nossos companheiros,
Cúmplice de tudo,
Amei você ali...algumas vezes...
Seu corpo branco agarrou os livros,
E minhas mãos tinham você e meu corpo num movimento feliz,
Vivemos a natureza por completo.
Meus livros agora têm o cheiro de nós...
Você não existia mais pra mim, pensei fosse eu o único ser seu amante,
Um pouco de mim a tristeza rasgou
O barulho de nossos olhares se perdeu,
Alguém interrompeu o silêncio de te ver ,
Simplesmente te ver.

Eloy
23/05/2010
21:01