sábado, 22 de janeiro de 2011

Cool e já não Hot


Naqueles tempos em que os motores começaram a falar e as crianças eram encardidas pelas estruturas delirantes maquinosas, nascia tenebrosamente o homem moderno e com ele a esperança já não era mais o imaginário nem o sobrenatural, mas, a sedução exercida pela majestosa tecnologia. Anos mais tarde o culto cego e grandioso toma forças sacralizando o Silício, este enamorado da ilusão...   
O grande espetáculo está em todos os lugares, somos atores com múltiplo papéis, na maioria das vezes narcisistas ingênuos vivendo a vida Kit-retrô, o tempo não existe, só o presente que importa...o instantâneo, a vida liquida está consumada.  A nostalgia é capricho para os poetas e o cidadão mergulha no galante imediatismo, o super-homem perde seu poder, os X-men entram contudo em ação e se espalham na sociedade lutando por seus direitos. Os discretos chames da sedução é destruidora e as técnicas imperativas belezas levam o ser humano ao isolamento em grupo ou individual, e diante do espetáculo o corpo deve ser exibido, mostrado, apresentado...nesses tempos amaciados pela liberdade enganosa...o ser humano se alimenta da tecnologia como torta de morango...e pede mais mesmo coma barriga estufada...


Eloy
05/01/2011
17:00        

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