sábado, 14 de setembro de 2013

Mundo codificado

Se meus olhos derrubassem a verdade meu corpo seria copo.
Bastasse a maçaneta sem que a porta soubesse a música cairia suave ventilo que se apavora, que adormece e que merece.
Tudo misturado, se os olhos carregam o sonho e a cabeça lembranças estilhaçadas com um pouco de cor.
O passado são figuras dos vivos intumescidos com coisas codificadas de vida, do pequeno botão que o tempo levou em mim, a lágrima e a certeza.
O blazer enfeitado de história, vestígio da música triste caminha na pele desgarrada com um pouco de sim.
Os recipientes de futuro oscilam como a chuva que trás o cinza, o ventos e a coberta silenciosa nos meus dedos perdidos, um pouco de sonho e um resto de verdade.



Poesia dedicada a Vilém Flusser

Maurício Eloy
05/09/2013
03:18

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